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Adolescência - a série. Um debate entre educadores
Recorde de audiência da Netflix, a série “Adolescência” foi vista por mais de 66 milhões de espectadores nos 10 primeiros dias desde o lançamento, em 13 de março.
Desde então, os desafios da educação de adolescentes têm ocupado o centro do debate, trazendo questões relevantes para a discussão e provocando preocupações, ansiedades e muitas dúvidas. A partir de quais valores a adolescência está se construindo? Como assegurar espaços de pertencimento e segurança? Como ampliar as nossas referências sobre desenvolvimento social, afetivo, relacional e moral dos adolescentes?
Pensando em apoiar nossa comunidade educativa na reflexão sobre esses e outros temas afins, convidamos três educadores com vasta experiência na educação de adolescentes para uma mesa redonda.
Catarina Gonçalves - Professora do Centro de Educação da Universidade Federal de Pernambuco, pesquisadora na área de Convivência Ética na Escola e assessora da Bioma Educação.
Fermín Damirdjian - Psicólogo, orientador educacional do Ensino Médio na Escola da Vila.
Giocondo Magalhães - Psicólogo, coordenador dos anos finais do Ensino Fundamental na Escola Parque.
Mediação - Aline Evangelista Martins, coordenadora do Centro de Formação da Vila
Imagem e identidade: os cancelamentos nas redes sociais e a identidade de grupo na adolescência
Nos últimos anos, “cancelar” pessoas tornou-se uma das práticas mais comuns nas redes sociais. Além de destruir reputações e causar sofrimento em quem recebe as acusações, a cultura do cancelamento cria mecanismos de extorsão social que provocam cada vez mais medo e hesitação nos usuários da internet em geral.
O efeito disso é a redução da participação ativa em debates e diálogos públicos, bem como a eliminação da diferença e de tudo aquilo que contraria opiniões pessoais. Entre crianças e, principalmente, adolescentes, essa dinâmica é reforçada pela construção de identidades de grupo, que acirra ainda mais a necessidade de pertencimento e a exclusão de quem não pertence.
O psicanalista e professor Christian Dunker foi nosso convidado do ciclo de palestras sobre o bem-estar das novas gerações e nos ajudou a refletir sobre o tema.
Afeto e amizade: o espaço dos conflitos nos relacionamentos interpessoais
Catarina Gonçalves, professora do Centro de Educação da Universidade Federal de Pernambuco, pesquisadora na área de Convivência Ética na Escola e assessora da Bioma Educação, discorre sobre o espaço institucional da escola na aprendizagem da convivência.
Partindo da ideia de que a escola é o espaço privilegiado para variadas aprendizagens sociomorais, Catarina discute caminhos para a construção de ambientes de aprendizagem em que o outro tenha valor.
Eu comigo e com você: a convivência, os conflitos e as oportunidades de desenvolvimento moral na infância
A construção da moral é um processo que ocorre em variados espaços e contextos, tendo a escola um importante papel. Isso porque, geralmente, é na escola que a convivência com a diferença e os conflitos necessários ao desenvolvimento moral se manifestam pela primeira vez. Por isso, pensar no ambiente sociomoral da escola, com tudo o que lhe caracteriza – interações, regras, princípios e valores –, torna-se algo urgente.
Assista aos melhores momentos da palestra da professora Catarina Gonçalves, pesquisadora na área de Convivência Ética na Escola e assessora da Bioma Educação.
"Que criança você foi pra ser o adulto que é"
O desenvolvimento afetivo, biológico e social dos primeiros anos de vida tem impacto direto na pessoa que nos tornamos quando adultos. Que impactos são esses? Que cuidados podemos tomar para formar adultos mais bem formados e realizados?
Essas e outras questões foram debatidas por Daniel Becker e Ilana Katz, com a mediação de Rejane Maia, sócia fundadora do Colégio Apoio (Recife - PE).
Assista aos melhores momentos da conversa!
PUBLICAÇÕES
Blog
24 de junho de 2025
Trabalho em grupo e assembleias escolares: diálogo e cooperação na formação do estudante
Por Adriana Miritello Terahata, Professora do Ciclo 2 da Escola da Vila
Escola é comunidade: espaço tecido por encontros e desencontros, descobertas e desafios. Lugar de múltiplas vozes e histórias, onde se desenvolvem não apenas conhecimentos acadêmicos, mas também valores humanos. Como apontam Vinha et al. (2019), a escola é um ambiente privilegiado de convivência e, por isso, pode – e deve – ser um espaço para a construção de uma convivência mais democrática, promovendo o desenvolvimento moral das crianças.
Na Escola da Vila, acreditamos que o processo de ensino-aprendizagem vai muito além do domínio de conteúdos pedagógicos. Ele envolve a construção de valores, o desenvolvimento da autonomia e o fortalecimento do senso de coletividade. E é nesse contexto que diálogo e cooperação tornam-se pilares fundamentais da formação dos estudantes.
3 de janeiro de 2025
Família é tudo igual, só muda o endereço?
Por Fernando Cardoso – Coordenador e Orientador na Escola Viva
É comum ouvir as pessoas, com saudosismo ou perplexidade, comentarem sobre as transformações que marcaram os últimos anos em diversas esferas da vida: nas formas de se comunicar, de se relacionar, de brincar, de se alimentar, de estudar e até de viver.
Essas mudanças não apenas alteraram hábitos cotidianos, mas também desafiaram valores e estruturas que antes pareciam inquestionáveis. Essas transformações não se limitam a aspectos individuais ou comportamentais; elas reconfiguram estruturas sociais inteiras, e poucas mudanças são tão emblemáticas quanto aquelas que envolvem a constituição familiar.
Ah, mas no meu tempo era diferente!
Será?